No livro 1984, o Ministério do Amor
fazia a guerra, o da Verdade forjava as notícias. E tudo que eu tenho aprendido
nessa vida nos últimos anos é que “o homem que diz ‘sou’, não é".
Vejo que as religiões falam tanto
de Deus, mas a função da maioria delas tem sido justamente afastar-nos da
fonte, de Deus[1].
Vejo gente se dizendo a favor da vida
defendendo a morte, a opressão, a pena capital! Como defender a vida sendo tão
odioso e ranzinza? Entenderam nada!
E aí vem o machismo dizendo que
ser homem é ser machão, fortão, virilzão. Será? Será que se é tão forte assim
quando se teme ouvir e respeitar uma mulher para não abalar sua autoconfiança? Que qualquer coisa estremece sua sexualidade?
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Uma batalha interna travada
contra si mesmo, que só pode ser enfrentada sozinho.
O machismo fere também os homens,
porque os mutila! Os impede de serem inteiros, de serem sensíveis. Pois todos
somos. Somos espírito e somos matéria. Somos energia masculina e feminina.
Somos razão e emoção. Somos corpo e somos mente. Negar uma parte de si é se alijar!
Negar as emoções é ser fraco!
Pois é preciso ser bravo para olhá-las nos olhos, permitir-se rasgar, sangrar,
para poder, então, renascer. Quem não morre um pouco não renasce, e vai criando
crostas velhas e podres. Por dentro e por fora. Quem não sente, não vive! Não
se entende! Não sabe quem se é. Não se abre para si e estando fechado, nunca
vai encontrar-se verdadeiramente com o outro.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVfxclbeyW6dPB4Lgg94UcgrYKaDinJ65ZX5b0juxxBVCWRqz1zMNn_hjo1LNHGeMrTxIJVcRPMHthhsFoKDQYn0yf7Q40BoBpajCyn9Z8mGw1If9cG3bbsQazetmlSXb7O2Spaw1gc28/s320/mergulho.jpg)
A coragem está na entrega. No
incerto. No co-viver. No permitir que o outro seja e honrá-lo em suas virtudes,
mesmo que diferentes das nossas.
A verdadeira fortaleza está em
ser autêntico e íntegro! Em ser sensível, em se irmanar com o que se se sente,
dando o f0d#-s3 para os julgamentos alheios e, principalmente, aos próprios julgamentos,
que nos auto chibatam. Está em reconhecer os próprios erros. (E assim, também, impor
os devidos e necessários limites). Está em ser livre! Está em se opor ao grupo
quando ele está errado!
Enquanto o feminino for visto
como inferior, suas qualidades serão sufocadas dentro dos homens e eles
continuarão sofrendo as consequências disso. E as mulheres continuarão sofrendo
as consequências terríveis disso.
O machão é reprimido. É um
covarde. Morre de medo! Tudo o ameaça! E por isso, ataca!
O homem de verdade é livre!
Priscila Reis 19.12.17
[1]
Porque
nos afastam do fluxo. A própria fé é antagônica ao medo, que é tudo que a maioria delas-as religiões- pregam. O ódio, julgamento, preconceito também são contrários a Deus, que é
amor, não em um sentido morno ou condescendente, mas em um sentido energético
de plenitude. Afastam-nos de nós mesmos. Sem nos conhecermos, como voltaremos à
fonte? Separam –e castigam- corpo e mente. Afastam-nos da natureza, que também
é Deus. Manipulam e reprimem, enquanto Deus é liberdade. E é discernimento.
Como discernir sendo apenas coadjuvante da própria vida, a delegando cegamente às
diretrizes daquele que controla a igreja (ou qualquer que seja o nome de seu
templo)?