Algumas pesquisas têm abordado os efeitos da natureza nas emoções e
na nossa mente. Eu tenho provas de experiências pessoais que tanto a meditação
quanto um mergulho intenso na Natureza nos reequilibram e aguçam nossa
criatividade.
Após 10 dias em silêncio
(silêncio realmente, sem falar, conversar, ouvir música, ler ou escrever), me
auto observando e no meio do mato eu tive muitos insights. Até brotaram em mim
alguns haikais, algo que fazia praticamente um ano que estava bloqueado em mim.
Brotou mesmo, assim, espontanea e naturalmente, tão claro e sem esforço. E de uma grande beleza.
Vieram compreensões de situações
mal resolvidas. Vi os incômodos mais
profundos e as atitudes urgentes a serem tomadas. E tudo com muita certeza, confiança e coragem para agir.
Chorei suavemente de gratidão, transbordei. Tanta gratidão por tanta
coisa. Vi meus sucessos. Vi minhas
dificuldades.
Se desconectar de você mesmo é
adoecer, é viver na loucura e na cegueira. Não saber quem se é, o que sente e o
que deve fazer. Você cai no automatismo, no vazio interno e na consequente
desesperança. Isso leva a válvulas de
escape que nos desconectam mais ainda. E tudo isso leva à progressiva
desconexão com a natureza (externa), que
potencializa nossa desconexão interna e forma um ciclo vicioso. Aliás, o
divórcio com o meio natural pode ser o começo
do distanciamento de nós mesmos com nossa própria essência. Está tudo
junto e misturado.
Pessoas loucas, perdidas e
feridas machucam a si mesmas, provocam infelicidade nos outros seres e assim temos um mundo cada
vez mais poluído. Poluído emocionalmente, politicamente, psicologica,
espiritual e fisicamente. Atrasamos nossa evolução e a do planeta.
Portanto é fundamental mergulhar
dentro de si, procurar profissionais da
área terapêutica que vão lhe auxiliar nesse processo, técnicas sérias e
corretas de meditação e honrar, respeitar e se reconectar urgentemente com a
Mãe Terra.
(Priscila Reis, 09 de janeiro de 2017)